Publicações

UMANA PARTICIPA DO SIMPOSIO NACIONAL DO TRABALHO TEMPORÁRIO NA SEDE DO TST EM BRASILIA

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário – Asserttem – realizou, no último dia 18/05, o Simpósio sobre o Trabalho Temporário no Brasil e no mundo, com o apoio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e participação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e promoveu o debate sobre as condições desta modalidade de emprego, o cenário conceitual, suas bases legais e a importância socioeconômica no país e no mundo como ferramenta de desenvolvimento para a sociedade.

O auditório do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ministro Mozart Victor Russomano, em Brasília/DF, recebeu mais de 200 participantes, entre empresários, advogados, representantes do Poder Público, entidades de classe e representantes da iniciativa privada, de mais de 15 Estados brasileiros.

A Umana Brasil foi a única empresa de Pernambuco que participou ao evento.

Em seu discurso de abertura, o presidente do TST, Ministro Antonio J. de Barros Levenhagen, afirmou que, no atual contexto econômico, com o aumento do nível de desemprego, é inegável a importância que esse tipo de contrato adquire, pois permite o acesso ao trabalho as categorias mais diversas, “algumas delas marginalizadas pela estrutura do atual mercado de trabalho”.

Para Levenhagen, o trabalho temporário ocupa, legitimamente, um espaço no quadro das relações de trabalho e é um meio de reabilitação ou complementação de recursos profissionais, “erigindo-se no contexto da instrumentalização da dignidade da pessoa humana”. Ele ressaltou, contudo, que, apesar desse importante papel social, no Direito do Trabalho brasileiro prepondera o princípio da continuidade, “que deve ser sempre incentivado quando da celebração do contrato de trabalho”.

O ministro lembrou que, no Brasil, a disciplina do trabalho temporário surgiu com a Lei 6.019/74, com o objetivo de suprir momentaneamente uma necessidade de substituição de pessoal regular e permanente ou de acréscimo extraordinário de serviço da empresa. “Procurou-se assim evitar que as conquistas econômicas e sociais dos trabalhadores, asseguradas em lei, fossem suprimidas”, afirmou.

Atualmente, o Brasil está entre os maiores contratantes de trabalho temporário no mundo, segundo a Confederação Internacional de Empresas de Trabalho Temporário (CIETT). Só no primeiro trimestre deste ano, foram contratados mais de 65 mil trabalhadores temporários no país, com massa salarial de mais de R$ 269 milhões. O mercado mundial é responsável pela contratação de cerca mais de 36 milhões de pessoas ao ano, movimentando quase 300 bilhões de euros.

“O fator que mais contribuiu para o desenvolvimento desse tipo de prestação de serviços foi a necessidade de as empresas industriais e comerciais se readaptarem às contingências do mercado”, afirmou Levenhagen. Para o presidente do TST, a evolução do papel socioeconômico do trabalho temporário e de sua regulamentação mostra que se trata da alternativa mais viável para atender à demanda de flexibilidade e de rápida mobilização dos recursos humanos nas organizações, dentro do quadro atual de elevados índices de desemprego no mundo. “As vagas ofertadas pelas empresas nessa modalidade são oportunidades reais para quem está interessado em conquistar uma ocupação e até mesmo conseguir um cargo fixo na empresa”, assinalou. Os contratos temporários servem como porta de entrada nas empresas, fazendo com que os trabalhadores agreguem novos valores éticos e profissionais, aumentando sua rede de relacionamento e adquirindo novos conhecimentos, habilidades e atitudes”.

Junto a Levenhagen, a presidente da Associação Brasileira do Trabalho Temporário, Jismália Oliveira, explanou sobre os 45 anos da entidade e dos trabalhos que vem sendo desenvolvidos junto ao setor e ao Poder Público, na manutenção do trabalho digno e formal em todo o país.